SEGUNDO REINADO

ASPECTOS ECONÔMICOS 

Durante o segundo reinado, com D. Pedro II no comando, a economia era totalmente focada em agro exportação, com o café sendo o principal produto (Influência europeia e dos Estados Unidos). As principais trocas comerciais (exportação e importação) ocorriam entre o Brasil e a Europa. Para o ciclo de café, a mão de obra utilizada era a de escravos e imigrantes (ambas sendo baratas, consequentemente, vantajosas). Os principais locais de produção do café eram: Vale da Paraíba ( Rio de Janeiro e São Paulo) e Oeste paulista. O Vale da Paraíba (1800 até 1840) era mais antigo, e por conta disso utilizava técnicas mais tradicionais com a mão de obra escrava (apoiando a ideia de permanecer com o Império). Já o oeste paulista (1850), por ser mais novo utilizava técnicas melhores e modernas na produção, utilizando imigrantes como mão de obra (apoiando a ideia de abolição do império com substituição de uma república). Conforme o tempo foi passando, o ciclo do café foi ficando lucrativo com a exportação, dando riqueza aos produtores (que ficaram conhecidos como Barões do café). O lucro das exportações também possibilitou o aumento da urbanização, criação das ferrovias (melhorando muito o transporte) e a instalação das primeiras fábricas no Brasil.
Escravos nas fazendas de café
Escravos nas fazendas de café

ERA MAUÁ (1850 - 1878)

A era Mauá foi de extrema importância para a economia e desenvolvimento do país. Nesse período, o país teve uma grande industrialização que foi liderada pelo Barão Mauá (Irineu Evangelista de Souza). Barão Mauá era defensor de mão de obra assalariada (ou seja contra mão de obra escrava ou forçada), o que deixava alguns grandes produtores de café e terra irritados (pois dependiam da mão de obra escrava para suas produções). Barão Mauá foi considerado o pioneiro da indústria no Brasil, pois investiu fortemente em ferrovias, criação de bancos, CIA do gás no Rio de janeiro e rede de telégrafos submarinos. A era mauá proporcionou melhoras significativas em infrestrutura, locomoção, qualidade de produtos e outras melhorias que a industrialização pode nós dar. Embora Barão Mauá tenha sido pioneiro da indústria, seu banco faliu em 1878 devido a grande oposição dos grandes fazendeiros escravistas.
Barão Mauá (Irineu Evangelista de Souza)
Barão Mauá (Irineu Evangelista de Souza)
Estradas com ferrovias
Estradas com ferrovias
Indústrias e novos meios de locomoção
Indústrias e novos meios de locomoção

POLÍTICA - INTERNA

A política interna do Brasil foi um período tenso de disputas entre os dois principais partidos políticos da época: PC (partido conservador) e PL (partido liberal). O partido liberal defendia a descentralização do poder, com cada indivíduo e província com sua liberdade indvidual e autonomia (com o mínimo de intervenção do governo). O partido conservador era justamente o contrário, defendendo um governo central forte com muita autonomia (que impusesse respeito) pois acreditavam que só assim o país estaria sob controle e estabilidade. Embora defendessem coisas diferentes, os membros de cada partido não eram muito diferentes, sendo em sua maioria donos de terras ricos que eram  a favor da escravidão (pois dependiam dela para produzir). Com essa situação, o Brasil não tinha muitas mudanças políticas, já que os dois partidos só eram a elite rica, somente os ricos eram favorecidos, deixando as outras classes de lado. Vendo essa situação, D. Pedro II implementou o "Parlamentarismo às avessas", onde o imperador tinha o controle final por meio do poder moderador. Com o poder moderador, havia a possibilidade de demitir e nomear primeiros ministros, fazendo um equilíbrio entre os dois partidos. Com esse equilíbrio, o segundo reinado foi um período de calmaria, com muito menos tensões políticas, favorecendo um pouco a todos. A industrialização e desenvolvimento economico também foram fatores que ajudaram na paz interna e desenvolvimento do país.
Imperador "controlando" os dois partidos, fazendo equilíbrio
Imperador "controlando" os dois partidos, fazendo equilíbrio

POLÍTICA - EXTERNA

A maior tensão de política externa que ocorreu durante o segundo reinado, foi a guerra do Paraguai (1865 até 1870). Essa guerra foi o maior conflito armado da América do Sul inteira, envolvendo Brasil, Uruguai, Argentina e Paraguai. O Paraguai queria se expandir até conseguir uma saída para o mar, o que preocupou e gerou tensões nos países vizinhos. Buscando seus objetivos, Paraguai invadiu terras do Uruguai e Argentina. Além disso, Paraguai aprisionou um barco brasileiro (por suspeitas de haver armas no porão do navio). Vendo essa situação, Brasil, Argentina e Uruguai decidiram se juntar (formando a tríplice aliança) para lutar contra o Paraguai, dando início a guerra. A guerra durou por volta de 5 anos, e a tríplice aliança não perdoou, devastando quase completamente o Paraguai, que perdeu oitenta por cento de sua população masculina e teve uma crise economica gigantesca. O Brasil saiu vitorioso da guerra, mas também saiu individado devido aos gastos na guerra (embora o exército tenha se fortalecido muito). A guerra impulsionou os movimentos de fim da escravidão e da monarquia (já pensando em uma futura República). A guerra acabou em 1870, com a morte do ditador paraguaio (Solano López). O Paraguai demorou décadas para se recuperar dos estragos (os estragos foram tão grandes que essa guerra ficou conhecida como "genocídio americano").
Campo de batalha da guerra
Campo de batalha da guerra
Tríplice aliança rendendo soldados paraguaios
Tríplice aliança rendendo soldados paraguaios

ASPECTOS SOCIAIS

Com o passar do tempo, a sociedade começou a cada vez mais apoiar a ideia de abolir a escravidão (maioria das classes sociais e jornais). Porém, os grandes donos de terra não estavam apoiando essas ideias e foram cobrar o governo. O governo decidiu não manter a escravidão e ir abolindo ela de pouquinho em pouquinho com a criação de diversas leis (Lei Eusébio de Queirós, Lei do Ventre Livre, Lei do sexagenário, Lei áurea). Com a abolição da escravidão, os imigrantes se sentiram motivados a irem ao Brasil para trabalhar nas fazendas de café, o que favoreceu novamente os donos de terra sem ter que usar escravos. Vendo essa situação, O rasil criou diversos projetos que atrairam diversos imigrantes: O governo financiava as despesas de viagens de estrangeiros que iriam trabalhar (sistema de colonato), adiantamento aos imigrantes dado pelos fazendeiros(sistema de parceria), e sistema de apropriação de terras (programa de colônias de ocupação).
Ex escravos comemorando sua liberdade
Ex escravos comemorando sua liberdade

FIM DO SEGUNDO REINADO

Os gastos com guerra, fim da escravidão, dívidas e indenização aos fazendeiros, fez com que o império ficasse fraco. Por fim, o exército imperial estava com tensões e insatisfeito com D. Pedro II, se juntando ao movimento republicano. Junto com os fazendeiros escravistas, o exército deu um golpe no imperador, tirando ele do poder e estabelecendo uma república, onde o primeiro presidente do Brasil foi estabelecido: Marechal Deodoro de Fonseca, marcando o fim do império e segundo reinado em 15 de novembro de 1889. 
Marechal Deodoro de Fonseca, primeiro presidente do Brasil
Marechal Deodoro de Fonseca, primeiro presidente do Brasil

VÍDEO DO CONTEÚDO

Abaixo coloquei o link de um vídeo no youtube que me ajudou muito a fazer esse tópico (segundo reinado) do trabalho. Todo o conteúdo é muito bem explicado de forma resumida.

segue o link:  https://youtu.be/Nir4-ql0U6s   

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